Estas fotos são da rua Dos Mineiros, no bairro Urupá. É a rua da rodoviária, que está pavimentada até a av. Ji-Paraná, faltando apenas cerca de 400 metros para terminar. Mais uma obra inacabada!
Voltamos a falar do Anel Viário de Ji-Paraná e, mais uma vez, falamos do fato de nossos políticos terem optado por fazer a duplicação da ponte e não a conclusão daquela obra.
Assisti ao programa do J.Paiva no dia 20 ou 21 passado e nele o apresentador fez uma entrevista com o deputado estadual Jesualdo Pires, questionando-o quanto à necessidade maior do término das obras do Anel Viário, ao invés da duplicação. O deputado concordou com o que o repórter lhe perguntou e disse que os acidentes poderiam ser evitados se aquela obra estivesse concluída e o trânsito de veículos pesados fosse desviado para lá, ao contrário de atravessarem toda a extensão da área urbana do nosso município.
Jesualdo explicou que as obras não foram concluídas porque o Tribunal de Contas, se não me engano, da União, bloqueou o envio dos recursos, uma vez que foram detectadas irregularidades, como desvio de verbas, pelo governo anterior, ou seja, do Bianco.
O deputado disse, também, que esse problema já estaria sanado, tendo em vista o governador Ivo Cassol tê-lo feito através de acordos firmados em Brasília. Ora, se o governador o fez, porque o Bianco, que iniciou a obra, não. Será que Cassol tem mais influência que Bianco em Brasília, ou será que a bancada federal funciona melhor agora?
São coisas que procuramos entender, mas que teimam ficar do mesmo jeito, formando novos questionamentos, que continuam sem respostas.
Não entendemos porque alguns políticos, principalmente do poder executivo, continuam desviando verbas que deveriam ser aplicadas em determinadas obras, para outras totalmente sem interesse para o município.
Ji-Paraná é o campeão das obras incompletas e temos como exemplo a ponte sobre o Rio Urupá, que tem somente uma pista, quando esta deveria ser dupla, dando condições para dois veículos trafegarem em sentido contrário; temos o Anel Viário, que já deveria estar pronto e os acidentes fatais, que ocorreram ultimamente, poderiam ser evitados; temos ainda a rua Menezes Filho, cujo bloqueteamento foi feito somente até a confluência com a Av. Ji-Paraná e, posteriormente, para beneficiar o bloqueteamento da rua onde mora o diretor de obras do município, João Vilasboas, foi extendido até aquela rua.
São muitas as ruas inacabadas em Ji-Paraná, como exemplo temos a rua dos Mineiros, onde resido, que nem mesmo a sua recuperação é feita, pois há mais de quatro anos os moradores dessa rua vem reivindicando junto a Prefeitura, mais precisamente ao secretário e ao diretor de obras, que, pelo menos fosse recuperada. Nada até agora. Entretanto outras vias públicas gozam do privilégio de terem sido bloqueteadas pela administração municipal. Foram contempladas as ruas onde residem os senhores Edson Fidélis, secretário de Obras, João Vilas Boas, diretor de Obras, Alcides Paio, presidente da Fundação Cultural, Regina Vilas Boas, irmã do João e diretora da Fundação, e assim por diante.
Onde tem bloquete, tem apaniguados.
Não foi feito um cronograma e nem um projeto para beneficiar os locais mais necessitados, ou mesmo as comunidades mais pobres, como prevê o projeto aprovado pela Câmara Municipal. As ruas contempladas tiveram, é o que me parece, objetivo puramente eleitoreiro. Os moradores da rua dos Mineiros já tentaram bloquetea-la através de uma empresa, pagando o bloqueteamento, mesmo que para isso tivessem que fazer sacrifícios, mas nada foi conseguido. No entanto, pessoas que possuem recursos suficientes para pagar a pavimentação de suas ruas, foram e estão sendo beneficiadas com o bloqueteamento gratuíto.
Seria muito bom que esse tipo de ação da prefeitura fosse visto com mais cuidado pelo prefeito, para que as verbas do nosso município fossem aplicadas em projetos que beneficiem, realmente, àqueles a quem foram destinados através de projetos de lei.
Não que eu seja contra esse tipo de atendimento, mas que se tenha um pouco mais de critério e não protecionismo.
Enquanto isso não acontece, vamos continuar mostrando o que acontece com a nossa Ji-Paraná.
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