VAMOS FISCALIZAR!


Acompanhamos parte da visita feita pela secretária de educação, dona Marli Cahulla, à cidade de Ji-Paraná, que foi convidada pelos deputados Euclides Maciel e Jesualdo Pires, para ver de perto a situação de algumas escolas estaduais do município.
Saltou aos olhos de todos os que participavam dessa visita, a situação das escola 13 de Maio, que terá uma reforma total em suas instalações, tendo em vista a precariedade em que se encontra o prédio e as instalações elétricas.
A secretária fez alguns comentários, enquanto percorria a escola, como a situação em que se encontravam as portas, que estão quase todas quebradas e também de algumas salas, cujas estruturas estão comprometidas.
O que mais chamou a atenção da secretária foi a afirmativa da diretora de que faltava dinheiro para a conservação das instalações e, mais ainda, para a merenda escolar, cuja verba, segundo a diretora, era insuficiente.
Uma mãe de aluno, que estava presente quando da visita da secretária à escola, fez o seu desabafo, mostrando a inadequação das instalações onde as crianças estão, atualmente, freqüentando as aulas. Segundo a mãe, as crianças chegam a passar mal devido ao calor e algumas já chegaram a desmaiar. Essa mãe falou, também, da falta da merenda, que, na maioria das vezes é insuficiente e de má qualidade, deixando a desejar quanto às necessidades energéticas das crianças.
A secretária ficou pasma e até mesmo perguntou à diretora se não estava sendo feita merenda demais, com sobras sendo jogadas fora ou com funcionários levando para casa, ou até mesmo comendo no local.
Esse fato chamou-me a atenção, pois já visitei várias escolas estaduais e municipais e em nenhuma delas (das que visitei) houveram reclamações quanto a merenda. Entendemos que não é muito o que as escolas recebem para a merenda escolar, entretanto, bem administrada, essa verba será suficiente.
Porque será que a direção dessa escola permitiu que as coisas chegassem ao ponto que chegaram?
Será que a REN foi comunicada e nenhuma providência foi tomada ou a verba está sendo mal admnistrada, ou até mesmo desviada e não dá para a finalidade a que foi destinada?
Não quero acusar e, muito menos, condenar ninguém. Mas entendo que deve haver uma fiscalização mais cuidadosa nas escolas, principalmente nessa, cuja situação é gritante.
Onde está a APP que não age?
Será que essa situação não tem o seu conhecimento ou está havendo conivência com fatos errados que porventura estejam ali acontecendo?
Chamamos atenção das autoridades no sentido de que seja realizada uma investigação ali, para que sejam apurados todos os fatos. A REN, através de sua representante, dos depudos Euclides Maciel e Jesualdo Pires, que lá estiveram e que viram, "in loco", a situação daquela escola. 
Entendemos que não basta somente viabilizar recursos para a reforma da escola e de atendimento a outras necessidades, como a da merenda escolar, mas trata-se de apurar o que está sendo recebido pela escola e o que está sendo gasta, mais ainda, como está sendo gasto.
É bastante suspeito que as outras escolas conseguem administrar o que recebem do governo com bastante propriedade e, aquela escola específicamente, não consegue sequer atender à merenda de seus cerca de setecentos alunos.
Vemos, por exemplo, a escola Marechal Rondon, a Aluisio Ferreira, a Lauro Benno, a Gonçalves Dias, entre outras, que apesar de entenderem serem poucos os recursos, os administram de forma satisfatória, não deixando faltar nada aos alunos.
Tudo é uma questão de competência e idoneidade.
Já tivemos, quando trabalhávamos na Folha de Rondônia, diversas denúncias contra a administralção daquela escola. Consultamos até mesmo o secretário da época, que nos disse ter também algumas cartas falando a respeito, só que nenhuma delas estavam assinadas e que, devido a isso, não poderiam fazer nada. Ficamos estupefactos, pois muitas pessoas fazem denúncias anônimas porque têem medo de retaliações e quem recebe essas denúncias tem obrigação e, pelo menos, investigar a veracidade desses fatos denunciados.

Vamos apurar isso!

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