A NOVELA DO ANEL VIÁRIO DE JI-PARANÁ



É impressionante como as coisas acontecem no mundo político. O jogo de empurra é constante e  responsabilidade nunca são apuradas, levando sempre a sociedade a arcar com as despesas “extras”, com o dinheiro enfiado na cueca, com a irresponsabilidade daqueles que são eleitos com o dever de fiscalizar.
A notícia mais recente e comemorada com júbilo pelos políticos envolvidos e seus “puxa-sacos” de plantão, é o Governo do Estado ter assumido o encargo de concluir a obra do Anel Viário de Ji-Paraná, obra esta que está mais para uma novela tipo “Direito de Nascer” (considerada a mais longa novela da história, com cerca de 120 capítulos e apresentada pelo SBT).

O que nos entristece nessa coisa toda é que as pessoas, principalmente os políticos e a imprensa a eles ligada, esqueceram-se das promessas feitas pelos responsáveis desde o seu início, com o então governador Valdir Raupp (1995/99)que iniciou a obra; passando pelo jiparanaense José de Abreu Bianco (99/2003); seguido de Ivo Cassol (de 2003 a 2010, tendo sido reeleito em 2007); o seu fiel escudeiro João Cahúlla (2010/11) e, finalmente, Confúcio Moura que iniciou o seu mandato em 2011 e foi reeleito em 2014 para um mandato até 2017.
As empreiteiras que ganharam as concorrências não terminaram a obra e o prejuízo acaba ficando com o Estado,  aqui leia-se o povo rondoniense, pois o abacaxi acaba nas mãos da sociedade que paga pela irresponsabilidade de seus dirigentes.
A obra que está completando vinte anos, ainda acumula prejuízos e promessas.
O Governo do Estado está assumindo a conclusão da obra, através do DER, com promessa de que esta acontecerá antes do final do ano. Será?

Já tivemos essa mesma promessa e um rolo muito grande entre a empresa ganhadora da concorrência, a GM Engenharia e a que ganhou na Justiça o direito de realizar a obra, Rondomar. A ação impetrada pela Rondomar contesta o Atestado de Capacidade Técnica de obras de subleito, entendendo que era uma exigência meramente formal e não necessária para a obra.
Nessa briga quem saiu perdendo, mais uma vez, foi o povo, que ficou sem a conclusão da obra e cuja responsabilidade não foi sequer contestada e que precisa de alguma ação penal contra os responsáveis, para que isso não mais se repita, uma vez que a Rondomar já vinha apresentando sérios problemas com obras iniciadas e não conclusas na capital rondoniense.
Todo esse “embróglio” acaba caindo no colo da população, que há mais de vinte anos luta por uma solução para o trânsito caótico na cidade. Esses 14 quilômetros do Anel Viário de Ji-Paraná tem dado muita dor de cabeça à população, principalmente aos cidadãos que residem nas imediações e às autoridades policiais, tendo em vista que o local virou um refúgio de marginais e viciados em drogas.




A nossa esperança é que desta vez a coisa se concretize e que possamos ter o tráfego de veículos pesados, que se dirigem a outros municípios, seja desviado para o Anel Viário e que, dessa forma, desafoguemos o trânsito na área urbana o município, diminuindo dessa forma o alto índice de acidentes.

Que assim seja!

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